Casa(s). Por coincidência, este parece ter sido o mote das minhas leituras deste ano. Três dos livros (Piranesi, Carcoma e A Casa da Cabeça de Cavalo) têm como cenário uma Casa. Em quase todos os outros, os protagonistas procuram o seu lugar, a sua casa, quer seja no tempo (Time Shelter), na morte (O Terceiro País), ou na vida (Empúsio).
2024 foi um ano de leituras ecléticas: 25 livros lidos (não cheguei aos 30, mas melhorei consideravelmente o marasmo pós-pandemia). Li muitos de não ficção para um objectivo que acabou por não se concretizar e, graças ao tempo passado em bibliotecas e a recomendações, descobri novas autoras e clássicos há muito em falha.


Imagem dos livros de 2024 (da esquerda para a direita, de cima para baixo): Política Externa Portuguesa de Tiago Moreira de Sá, Curso de Direito Internacional Público de Jorge Miranda, Aftermath de Rachel Cusk, EU Law de Paul Craig e Grainne de Burca, História das Relações Internacionais Contemporâneas Portugal 1808-2000 com organização de António Costa Pinto e Nuno Gonçalo Monteiro, Essential EU Law in Charts de Christa Tobler e Jacques Beglinger, Rússia e Europa: uma parte do todo de José Milhazes, Manual Diplomático de José Calvet de Magalhães, A democracia na Europa de Catherine Moury, O Futuro da União Europeia de Eugénia da Conceição, Time Shelter de Georgi Gospodinov, O Terceiro País de Karina Sainz Borgo, Piranesi de Susanna Clarke, O Pintassilgo de Donna Tart, As Coisas que Perdemos no Fogo de Mariana Enríquez, Carcoma de Layla Martínez, Babel - An Arcane History de R. F. Kuang, 10 Minutos e 38 Segundos neste Mundo Estranho de Elif Shafak, Dark Shadows - Inside the Secret World of Kazakhstan de Joanna Lillis, A Casa da Cabeça de Cavalo de Teolinda Gersão, Pedro Páramo de Juan Rulfo, O Árabe do Futuro 1 e 2 de Riad Sattouf e Empúsio de Olga Tokarczuk.
Os favoritos
Pedro Páramo, Juan Rulfo
“Vine a Comala porque me dijeron que acá vivía mi padre, un tal Pedro Páramo. Mi madre me lo dijo. Y yo le prometí que vendría a verlo en cuanto ella muriera. Le apreté sus manos en señal de que lo haría; pues ella estaba por morirse y yo en plan de prometerlo todo. «No dejes de ir a visitarlo - me recomendó -. Se llama de otro modo y de este otro. Estoy segura de que le dará gusto conocerte.» Entonces no pude hacer otra cosa sino decirle que así lo haría, y de tanto decírselo se lo seguí diciendo aun después que a mis manos les costó trabajo zafarse de sus manos muertas.”
Pedro Páramo tornou-se num favorito instantâneo e, no entanto, não sei como falar sobre ele. Não é um livro fácil, muito menos em espanhol, mas tenho a certeza que será um daqueles a que voltarei muitas vezes.
O protagonista, que permanece sem nome até mais de meio do livro, parte para Comala em busca do pai, Pedro Páramo. Responde a um pedido de sua mãe moribunda: “Me acordé de lo que me había dicho mi madre: "Allá me oirás mejor. Estaré más cerca de ti. Encontrarás más cercana la voz de mis recuerdos que la de mi muerte, si es que alguna vez la muerte ha tenido alguna voz." Mi madre... La viva.”
Pelo caminho, encontra algumas personagens que lhe vão contando mais sobre Comala e o seu pai. Ao chegar, tudo lhe parece estranho, como se estivesse num sonho (pesadelo?) vívido. Em paralelo com a narrativa principal, conhecemos o segundo protagonista, o próprio Pedro, que nos conta a sua história: o verdadeiro rags to riches, da pobreza até ser dono de toda Comala. Pelo meio, percebemos que também estamos a ler apontamentos de certas personagens que nos vão contando pormenores, um pouco como se se estivessem a meter na nossa conversa, sem entendermos bem quem são e onde estão.
Eventualmente, tudo faz sentido (no meu caso, muito graças às mais de 200 notas de rodapé da edição académica que requisitei na FLUP). Percebo perfeitamente o porquê de se ter tornado um clássico e porque Juan Rulfo demorou tanto a escrevê-lo. É um dos livros mais originais que li. Estou curiosíssima para ver a adaptação da Netflix, porém confesso que o tenho adiado com medo que seja uma decepção.
[Nota a quem o queira ler: Não leiam o prefácio nem nada sobre o livro antes.]
10 Minutos e 38 Segundos neste Estranho Mundo, Elif Shafak
“Just because you think it’s safe here, it doesn’t mean this is the right place for you, her heart countered. Sometimes where you feel most safe is where you least belong.”
Leila está dentro de um contentor de lixo. Morta. Foi assassinada há pouco tempo. E, no entanto, o seu cérebro ainda fervilha, aproveitando os últimos momentos de consciência para recordar. 10 Minutos e 38 Segundos. É o tempo exacto que teremos para a acompanhar pelas suas memórias olfactivas: cada cheiro levando a um momento específico da sua infância ou da sua conturbada vida adulta numa Istambul inóspita, que se tornou a sua casa.
“Perhaps nothing was worth worrying about in a city where everything was constantly shifting and dissolving, and the only thing they could ever rely on was this moment in time, which was already half gone.”
Istambul está em constante mudança, mas nada muda. Os estrangeiros, os fora-de-lei, os que vivem à margem, continuam a ser assediados, perseguidos e olhados de lado, mesmo depois de mortos. Os amigos de Leila nem pensam em justiça, só querem que ela tenha um funeral decente, - “Funerals are for the living” - mas essa estará longe de ser uma missão fácil.
Esta história não é feliz (os meus favoritos raramente o são), porém é escrita de uma forma muito bonita. Elif Shafak consegue escrever um livro pesado de forma leve, daqueles que queremos continuar a ler sem parar, mas não queremos que chegue ao fim. Daqueles que nos mostram como o mundo está cheio de injustiças e que, por muitas mudanças que aconteçam, esta existirá sempre, porque a natureza humana é paradoxal: auto-preservação e poder coexistem com amor e abnegação dependendo se somos Nós ou se são os Outros.
Piranesi, Susanne Clarke
“The Beauty of the House is immeasurable; its Kindness infinite.”
Piranesi vive sozinho na Casa, feliz com as suas rotinas, e apontando os seus pensamentos em inúmeros cadernos: “write down what I observe in my notebooks. I do this for two reasons. The first is that writing inculcates habits of precision and carefulness. The second is to preserve whatever knowledge I possess for you, the Sixteenth Person.” Quem será a 16ª pessoa? Para já, só sabemos que, às 3as e 6as, Piranesi recebe a visita do Outro, um personagem frio, mas o seu Único Amigo, cujo objectivo é estudar o Grande Conhecimento Secreto. Piranesi ajuda-o até que algo muda.
Há mais alguém que tem visitado a Casa. A 16ª pessoa? Esse alguém deixa mensagens a Piranesi. Mensagens confusas que podem ser ameaças ou então podem ser tentativas de o ajudar. Só que Piranesi não precisa de ajuda. Ou precisa?
“- Yes, I answer Myself.
- And if the House has made you forget, then it has done so for good reason.
- But I do not understand the reason.
- It does not matter that you do not understand the reason. You are the Beloved Child of the House. Be comforted.
And I am comforted.”
Correndo o risco de soar cliché, creio que há realmente momentos certos para se ler determinados livros. Já o tinha na estante há muito tempo e até já tinha tentado começá-lo numa outra época. O momento de o ler foi este ano; fiquei tão embevecida com a história que li 3/4 do livro num só dia. A beleza e a crueldade desta história, uma fantasia filosófica se é que tal género existe, são deslumbrantes. Tenho pensado na Casa e em Piranesi desde que o acabei.
Os que gostei, mas achei que ia adorar
Time Shelter, Georgi Gospodinov
“Forgetting takes a lot of work. You have to constantly remember that you are supposed to forget something. Surely, that's how every ideology functions.”
Quando comprei este livro, pensei que se tornaria um dos meus favoritos. Não sei se figurará nessa lista, mas está na dos mais originais.
A popularidade das clínicas do passado, criadas para ajudar pacientes com Alzheimer, é tal que, rapidamente, toda a Europa se prepara para votar num referendo sobre o passado. Mais concretamente, os cidadãos de cada país decidirão a que década querem voltar. Como de prever, a discussão torna-se intensa e as perspectivas são incertas. Muitos esqueceram-se convenientemente de certas partes da História e deixam que o saudosismo e a nostalgia levem a melhor.
O livro foca-se principalmente na Bulgária, país do autor Georgi Gospodinov, de que pouco ou nada sei. Por isso mesmo, gosto muito de ler este tipo de livros; são sempre um excelente ponto de partida para aprender mais sobre a História e compreender o mundo.
O Terceiro País, Karina Sainz Borgo
“Cheguei a Mezquite à procura de Visitación Salazar, a mulher que sepultou os meus filhos e me ensinou a enterrar os dos outros.”
Angustias Romero procura O Terceiro País, um cemitério ilegal, onde poderá, finalmente, deixar os seus filhos gémeos a repousarem em paz. Visitación Salazar, defensora dos mortos e amante da vida, ajuda-a e acaba por encontrar uma aliada na sua luta constante contra uma míriade de traficantes violentos que querem destruir o cemitério para expandir as suas terras.
Comprei este livro pela capa e por ser de uma autora venezuelana, de quem não tinha lido nada. Revelou-se mais um livro forte e violento, mas escrito de uma forma humana e bela. [Volto muitas vezes à questão da violência na literatura latino-americana e ao porque de livros como A Cadela e Temporada de Furacões me incomodarem tanto. Talvez seja por isso, as escritoras desumanizaram demais as personagens. Certamente voltarei a essas reflexões.]
As Coisas que Perdemos no Fogo, Mariana Enríquez
“—Las quemas las hacen los hombres, chiquita. Siempre nos quemaron. Ahora nos quemamos nosotras. Pero no nos vamos a morir: vamos a mostrar nuestras cicatrices.”
Descobri Mariana Enríquez com A Nossa Parte de Noite, livro de que nunca falei aqui. Grande falha. Tornou-se um dos meus livros favoritos e a Mariana uma das minhas autoras de eleição. Esta colecção de contos não decepcionou. Só não figura nos favoritos, porque como qualquer livro de contos, a qualidade de cada um é variável. O que dá nome à colectânea “As Coisas que Perdemos no Fogo” é um dos mais fortes, bem como o de Adela e da casa (outra casa!!), que depois regressam com mais pormenor n’A Nossa Parte de Noite.
Mariana escreve terror como ninguém e merece toda a atenção de que está a ser alvo.
Carcoma, Layla Martínez
“Cuando crucé el umbral, la casa se abalanzó sobre mi.”
As casas guardam a história de quem as habitou. Esta guarda a história de uma família amaldiçoada (ou que os outros pensam que está amaldiçoada) com as suas vozes, estados de alma, e santas que aparecem no tecto da cozinha. Todos na povoação as renegam (à casa e à família), porém é sempre a elas que recorrem em tempos de aflição. [Mais uma vez, a lembrar-me d’A Temporada de Furacões]
Direi que, com o tempo, se pode tornar um favorito. Para já, estou ainda a saboreá-lo. Gosto desta nova vaga de autoras espanholas e latino-americanas contemporâneas, exímias a escrever terror.
A Casa da Cabeça de Cavalo, Teolinda Gersão
Mais um livro sobre casas. Uma recomendação de uma colega e a minha estreia a ler Teolinda Gersão. Foi um bom ponto de partida para entrar no universo desta autora.
Acompanhamos a vida n’A Casa da Cabeça de Cavalo ao longo de várias gerações e, pelo caminho, percebemos também o que se foi passando em Portugal no início do século XIX com as invasões francesas. [Ao tentar pesquisar um pouco mais sobre o livro, porque era da biblioteca e não o tenho comigo, descobri que uma Maria Teresa Peixoto Braga de Almeida Tavares, nos idos de 2000, escreveu uma dissertação de mestrado sobre este livro: “Escrever histórias, reescrever a História, como forma de estar na História.]
Há alguns pontos em comum com dois dos livros que li este ano, - Pedro Páramo e Carcoma - mas deixo-os à descoberta de quem os queira ler.
Empúsio, Olga Tokarczuk
“Our senses impose on us a particular kind of knowledge of the world. And they are limited, aren’t they? But what if the world around us is entirely different than our imperfect senses try to convince us?”
Um romance de terror naturopático. Confesso que até bem mais de meio não fazia ideia que livro seria este, ainda assim, foi facílimo ficar alheada do mundo e avançar na leitura por culpa da escrita maravilhosa da Olga Tokarczuk.
Este não é um livro óbvio. Diria que o terror é muito subtil, está lá, mas não causa medo, como se fosse só uma sugestão de terror, sob a forma de certos sons, certos rumores e, eventualmente, algumas certezas.
O protagonista, Mieczyslaw Wojnicz, tem tuberculose e instala-se na cidade termal de Görbersdorf para repousar. A sua rotina é composta de tratamentos e de várias conversas com os ilustres companheiros da Hospedaria, senhores mais velhos e distintos, quiçá, intelectuais. O terror pode ser subtil, porém a misoginia que todos estes homens sentem pelas mulheres (pelo seu físico, pelas suas características, pela sua mente, pela sua “sensibilidade”) é tudo menos subtil. É tão palpável, que este livro só não figura numa categoria especial de “homens que odeiam as mulheres”, porque Wojnicz consegue surpreender-nos. Olga conta-nos numa nota que todas as opiniões sobre as mulheres foram retiradas de textos de algum ilustre autor (Freud, Platão, Nietzsche, Sartre, Swift, Shakespeare,…) Pérolas de sabedoria, sem dúvida.
Um romance de terror naturopático. Talvez o terror não tenha sido assim tão subtil, só que os monstros não eram exactamente quem eu tinha pensado no início.
Os protagonistas que me fizeram companhia, apesar de serem uns chatos de primeira
O Pintassilgo, Donna Tart
A Donna Tart não parece saber escrever livros pequenos. Ainda bem. Gostei muito de acompanhar o Theo neste bildungsroman, com um piscar de olho à arte e à pintura. Preferi os momentos em museus e cidades culturais do que a vastidão desértica (em todos os sentidos); dei por mim a querer dar um abanão ao Theo e a perguntar-lhe o que raio andava a fazer com a vida dele. Só que não pude.
“A great sorrow, and one that I am only beginning to understand: we don’t get to choose our own hearts. We can’t make ourselves want what’s good for us or what’s good for other people. We don’t get to choose the people we are.”
Não diria que ficou tudo bem, mas também não ficou tudo mal, o que já é mais do que alguns dos outros protagonistas deste apanhado de 2024 podem dizer. Falta-me ver a adaptação. Não sei se irei gostar. Já percebi que fico sempre de pé atrás com adaptações de livros que gosto.
Babel - An Arcane History, R. F. Kuang
“That's just what translation is, I think. That's all speaking is. Listening to the other and trying to see past your own biases to glimpse what they're trying to say. Showing yourself to the world, and hoping someone else understands.”
Uma fantasia sobre tradução e académicos? Tinha a certeza que iria gostar. Gostei, mas não adorei. Porque está então este livro nesta categoria e não na anterior? Por dois motivos: o primeiro foi porque Babel realmente fez-me companhia numa fase um pouco difícil deste ano, servindo para me distrair da realidade e, segundo, porque apesar da companhia, não houve paciência suficiente para aturar protagonistas tão chatos.
Sim, são académicos e falam muitas línguas e têm consciência do que se passa no mundo (mesmo que a história se passe em 1800 e picos e que estudem em Oxford). Só que são completamente enviesados (eu sei que somos todos). A autora dá-se ao trabalho de nos explicar VÁRIAS vezes quem são os bons e os maus, não percebendo que da mesma maneira que todos temos vieses, as personagens que ela quer fazer passar por bonzinhos, não são propriamente as melhores pessoas. E, ainda bem, porque é muito mais fácil gostar de humanos imperfeitos do que de heróis ou heroínas sem mácula.
O livro vale a pena ainda que seja preciso dar um desconto a tanta lição de moral. Continuo curiosa (e já devidamente preparada para a possível avalanche moralística) com a trilogia Poppy War da mesma autora.
O Árabe do Futuro 1 e 2, Riad Sattouf
Riad conta-nos a história da sua vida nesta novela gráfica em 6 ou 7 volumes. Sempre tive curiosidade em saber mais sobre o Médio Oriente e, portanto, foi interessante conhecer a perspectiva de alguém que nasceu em França (de mãe francesa e pai sírio) e cresceu na Líbia e Síria. Por coincidência, enquanto lia os livros, o regime de Assad na Síria foi vencido pelo grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS) (antigo grupo terrorista, agora não se sabe bem o que será). Uma alteração geopolítica que ninguém tinha previsto.
Os dois primeiros volumes acompanham Riad enquanto criança, demasiado loiro e estrangeiro quer para Líbia quer para a Síria, sendo constantemente atormentado pelos seus primos e colegas mais velhos (que o apelidam de judeu enquanto brincam às guerras e à morte.) Ainda assim, a personagem abominável desta história é mesmo o pai (e parte da sua família), com atitudes e comentários que me deixaram bastante irritada, muito à semelhança do que já tinha acontecido com o livro de Khaled Hosseini, o tal que atirei contra a parede.
Estes livros foram requisitados na biblioteca de Santo Tirso que só tinha os dois primeiros volumes. Fico a aguardar que comprem os restantes.
Os que não ficarão na memória
Aftermath, Rachel Cusk
“The world is constantly evolving, while the family endeavours to stay the same. Updated, refurbished, modernised, but essentially the same. A house in the landscape, both shelter and prison.”
Há autores que escrevem sempre o mesmo livro. Rachel Cusk parece ser uma delas. Não posso dizer que tenha detestado, porque me identifico sempre demasiado com o que Cusk escreve, porém sinto que já li estas ideias repetidas nos outros livros dela, especialmente na trilogia A Contraluz, Trânsito, Kudos.
Dark Shadows: Inside the Secret World of Kazakhstan, Joanna Lillis
A todos que tenham curiosidade em saber mais sobre o Cazaquistão, diria que é um excelente livro para começar. O meu maior problema foi a repetição. Os episódios eram contados e recontados, o que poderia ajudar se o meu objectivo fosse o estudo, mas como não era, achei que não me prendeu a atenção da forma que provavelmente merecia.
Os outros
Caso se vejam algum dia na necessidade de estudar Direito Internacional ou Direito da União Europeia, recomendo os livros pelos quais estudei este ano. Caso o interesse seja sobre Política Externa e Diplomacia portuguesa, certamente haverá outros mais apelativos.
Não podia deixar de dizer que fiquei felicíssima com a notícia do prémio Nobel de Han Kang. A Vegetariana e Actos Humanos são livros a que eu volto muitas vezes em conversas e recomendações. Espero acabar Lições de Grego em breve e sei que o último (Despedidas Impossíveis) já foi publicado em inglês e provavelmente deve estar prestes a ser publicado em português (se é que não foi entretanto).
A um 2025 com mais leituras e a mais textos por aqui!